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Rally do Marrocos: Brasileiros terminam entre os melhores do mundo

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Rally do Marrocos
Marcelo Machado de Melo/FOTOP

Marcos Baumgart e Kleber Cincea fecham a prova na sétima posição, enquanto Cristian Baumgart e Beco Andreotti têm dia de “Mad Max” ultrapassando mais de 60 carros.

A disputa do Rally do Marrocos pelos irmãos Marcos e Cristian Baumgart tornou-se uma grande e valiosa experiência. A prova que fechou a temporada 2023 do Mundial de Rally Cross Country (W2RC) começou na última sexta-feira (13) em Agadir e terminou nesta quarta (18) em Merzuoga. Foram mais de 2.200 quilômetros e cinco especiais percorridas pelos irmãos brasileiros da X Rally, que disputaram a prova pela categoria carros a bordo dos Prodrive Hunter T1+.

Marcos Baumgart e o navegador Kleber Cincea terminaram a prova na sétima posição geral entre os carros, de um total de 102 competidores e um grid com os maiores nomes do off-road da atualidade, como Stepháne Peterhansel, Sebástien Loeb, Carlos Sainz, Nasser Al-Attiyah, entre vários outros.

“O balanço da prova foi muito bom, a equipe foi nota 10. Realmente a prova nos ensinou bastante, tirou os navegadores da zona de conforto: estamos acostumados a navegar por planilha, e aqui por CAP [navegação sem referências físicas, onde o trecho a ser percorrido é definido pelo ângulo da direção em que o veículo está seguindo], uma coisa totalmente diferente para a gente também. O ritmo também é outro: a gente está abaixo do que a gente esperava, mas acho que valeu a hora de voo e o aprendizado. O resultado veio por consequência, foi muito bom andar do jeito que a gente andou e ficar entre os dez primeiros. Um bom preparativo para o Dakar, para a gente, saber que a gente pode evoluir mais; isso que é legal”, disse.

Campeão do Sertões em 2020, Baumgart se surpreendeu com a dificuldade dos trechos. “Parecia que estávamos em Marte. Uma quantidade de pedras que nunca vi na minha vida. O deserto tinha trechos com a areia mais escura e a poeira deixava o céu também avermelhado. Sem ver ninguém pelo trecho, parecia de fato que estávamos em outro planeta com nossas naves”, comparou.

Já os tetracampeões do Sertões, Cristian Baumgart e Beco Andreotti, enfrentaram problemas em duas das cinco especiais e fecharam a classificação final apenas na 54ª posição, mas brilharam durante a prova.

Os irmãos Baumgart abriram a disputa do rali largando em primeiro (Marcos/Kleber) e segundo (Cristian/Beco), um fato inédito no rali brasileiro em uma prova válida pelo campeonato mundial.

Cristian e Beco enfrentaram problemas na suspensão no terceiro dia e optaram por não completar a especial para retornarem em segurança ao acampamento-base. Por isso, no dia seguinte, eles largaram da 92ª posição. “Foi um dia de Mad Max. Era pedra, poeira, e tudo se encaixou. Toda hora tinha companhia. Era carro por todo lado. Nem sei quantos passamos, mas foi um dia especial para nós”, destacou o navegador Beco Andreotti. Largando da 92ª posição, eles ultrapassaram 67 carros e fecharam o dia em 13º na categoria T1.

“Um rali muito difícil, duríssimo. Era duna e pedra o tempo todo. Uma prova que também foi um teste para os navegadores. Foi muito positivo. Enfrentamos alguns problemas, mas também passamos por situações às quais não estávamos acostumados em provas diferentes, como no Sertões, por exemplo. Aprendemos e evoluímos bastante, e isso correndo contra um grid de altíssimo nível”, resumiu Cristian Baumgart.

Imagens:Divulgação – Escrito ou enviado por  Cleber Bernuci – SEGS

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